Estrangeiros estão entre os mortos em ataques no Sri Lanka; bilionário dinamarquês perdeu três filhos
Balanço indica que um total de 290 pessoas morreram, sendo que 39 eram estrangeiros. Não há informação de brasileiros entre as vítimas.
Por G1
![Vítima de ataques no domingo de Páscoa é velada em Negombo, no Sri Lanka, nesta segunda-feira (22) — Foto: Gemunu Amarasinghe/ AP Vítima de ataques no domingo de Páscoa é velada em Negombo, no Sri Lanka, nesta segunda-feira (22) — Foto: Gemunu Amarasinghe/ AP](https://s2.glbimg.com/KRhle76Ox0P0PzSrhBLoKON5Zu4=/0x0:4812x3189/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/c/v/QWBZJATe6Pr51KviwaIw/srilanka22.jpg)
Vítima de ataques no domingo de Páscoa é velada em Negombo, no Sri
Lanka, nesta segunda-feira (22) — Foto: Gemunu Amarasinghe/ AP
O ministro do Turismo do Sri Lanka, John Amaratunga, afirmou que pelo menos 39 estrangeiros morreram nos ataques a igrejas e hotéis no domingo de Páscoa, de acordo com a CNN. O balanço divulgado pela polícia nesta segunda-feira (22) indica que um total de 290 pessoas morreram e cerca de 500 ficaram feridas.
A embaixada do Brasil em Colombo informou que, até o momento, não tem informação sobre brasileiros entre os mortos ou feridos.
O nome das vítimas ainda não foi divulgado oficialmente, mas já se sabe
que três dos quatro filhos do bilionário dinamarquês Anders Holch
Povlsen, proprietário do grupo de moda Bestseller e acionista
majoritário da marca ASOS, morreram nos atentados.
A imprensa dinamarquesa afirmou que Anders Holch Povlsen, sua mulher
(Anne Holch Povlsen) e seus quatro filhos estavam de férias no país.
A identidade e a idade das vítimas não foram comunicadas. "Pedimos que a
privacidade da família seja respeitada e não faremos outros
comentários", declarou à AFP Jesper Stubkier, gerente de comunicações da
Bestseller.
Mais rico da Dinamarca
![Foto de arquivo mostram o empresário Anders Holch Povlsen e sua esposa, Anne Holch Povlsen. Casal perdeu três dos quatro filhos nos ataques ocorridos no Sri Lanka, no domingo (21) — Foto: Tariq Mikkel Khan / Ritzau Scanpix / AFP Foto de arquivo mostram o empresário Anders Holch Povlsen e sua esposa, Anne Holch Povlsen. Casal perdeu três dos quatro filhos nos ataques ocorridos no Sri Lanka, no domingo (21) — Foto: Tariq Mikkel Khan / Ritzau Scanpix / AFP](https://s2.glbimg.com/y275JSJIFwBkO5sFwXoiXvFIjdM=/0x0:3612x2968/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/Y/x/YnkeTEQNOt95mzo2agug/empresario22.jpg)
Foto de arquivo mostram o empresário Anders Holch Povlsen e sua esposa,
Anne Holch Povlsen. Casal perdeu três dos quatro filhos nos ataques
ocorridos no Sri Lanka, no domingo (21) — Foto: Tariq Mikkel Khan /
Ritzau Scanpix / AFP
Considerado a pessoa mais rica na Dinamarca, Anders Holch Povlsen, de
46 anos, herdou o grupo de moda Bestseller, criado em 1975 por seus
pais, Merete e Troels Holch Povlsen.
O grupo, que possui cerca de 3.000 pontos de venda em 70 países, possui marcas como Vero Moda, Only e Jack & Jones.
Holch Povlsen também é acionista majoritário da marca britânica de moda
online ASOS e faz parte do capital da Zalando, especialista alemã em
vendas pela Internet.
Ataques
Oito explosões foram registradas na capital do Sri Lanka, Colombo, e
nas regiões de Katana e Batticaloa por volta das 8h45 (0h15, no horário
de Brasília) de domingo (21).
Entre os alvos estavam três igrejas, onde aconteciam as missas da
Páscoa. Os hotéis cinco-estrelas Shangri-La, Kingsbury, Cinnamon Grand e
um quarto hotel, todos em Colombo, também foram atingidos. Uma explosão
ainda foi registrada em um complexo de casas.
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques, mas o governo atribui
as ações ao grupo islâmico National Thowheeth Jama'ath (NTJ). As
autoridades acreditam que os ataques tenham sido realizados com a ajuda
estrangeira, por isso, vai pedir ajuda externa para rastrear as ligações
internacionais.
![— Foto: Rodrigo Cunha/G1 — Foto: Rodrigo Cunha/G1](https://s2.glbimg.com/yoDVMbd0sB-FfPs17LHMw6i-yMY=/0x0:650x1161/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/T/T/szER7PQAyh0ZSWLVL7OA/atentados-no-sri-lanka-004-.jpg)
— Foto: Rodrigo Cunha/G1
O porta-voz do governo, Rajitha Senaratne, afirmou que, 14 dias antes
dos ataques, relatórios do serviço de inteligência indicavam que eles
ocorreriam. Porém, ele ressaltou que o primeiro-ministro, Ranil
Wickremesinghe, e seu gabinete não estavam a par dessas informações.
“Não estamos tentando fugir da responsabilidade, mas esses são os
fatos. Ficamos surpresos ao ver esses relatórios”, declarou, segundo o
jornal britânico "The Guardian".
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